A atual direção do Senado, José Sarney (PMDB-AP) à frente, acaba de aplicar um golpe para tornar mais rápida e menos sujeita a discussão a eleição marcada para amanhã de Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato a presidir a Casa pelos próximos dois anos: durante a sessão só poderão falar aqueles que forem candidatos.
Nas eleições para presidente até aqui falaram os candidatos e os líderes de partidos. Eventualmente a palavra era concedida a algum outro senador que a pedisse.
– Essa é uma forma de censura. De evitar discussões. E de favorecer Renan – disse a este blog o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). “Isso nunca aconteceu antes”.
A sucessão de Sarney na presidência do Senado está sendo disputada por Renan e Pedro Taques (PDT-MT). Do total de 81 senadores, Renan espera contar com pouco mais de 60 votos.
Reunidos neste momento em uma das alas do prédio do Senado, os que apóiam Taques resolveram se apresentar também como candidatos. Com isso terão direito a discursar.
A essa altura, Taques passa à condição de anti-candidato porque só poderá contar com seu próprio voto.
– A manobra patrocinada por Sarney para ajudar seu afilhado político é típica dos velhacos – observou um eleitor de Taques.
Do Blog do Noblat.
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