A notícia mais importante do dia, ilustrada para fazer "Cócegas no Raciocínio" e fomentar a indignação dos que são contra o PACOEPA - Pacto Corruptônico que Envergonha o País.

 

 

“Apesar do recuo de emergência do vice Michel Temer, que chegou a anunciar a falta de tempo hábil para a realização do plebiscito anunciado por Dilma Rousseff para este ano, o fato é que a controvérsia colocada tornou-se mais distante das urnas, sem dúvida. Também as declarações da presidente da República após o lançamento de um plano de desenvolvimento agrícola, em Salvador, não ajudaram a reduzir a distância entre o projeto e a realidade. Ela voltou a se referir aos protestos que se espalharam pelo país e afirmou que a melhoria da representatividade (política) passa pela participação popular. Sem dúvida. Mas neste ponto ninguém mais representativo do que ela própria, vitoriosa pela margem de 56 a 44% na sucessão de 2010.

 
Isso de um lado. De outro, a urgência dos temas que estão levando centenas de milhares de pessoas às ruas não se vincula à forma de representação partidária, especialmente na área parlamentar. Voltam-se a ações executivas. Dilma Rousseff destacou referindo-se ao próprio governo: essa presidência ouviu claramente a voz das ruas. E o plebiscito servirá exatamente para escutar os clamores populares. O plebiscito – acentua a matéria de Biaggio Talento, O Globo de sexta-feira – , na visão da presidente, é para saber como a população quer a reforma política, como acham que devem votar, voltando seu pensamento para a forma de eleição. Aliás formas.

 

 
Porque o projeto do governo coloca em pauta diversas opções dependendo das respostas iniciais.

 

 

Ela rebateu as restrições feitas às indagações de que seriam complicadas para os eleitores. Acredito muito na inteligência, na sagacidade do povo brasileiro. Não sou daqueles que acham que o povo é incapaz de entender porque as perguntas são complicadas.

 

 
Neste ponto, ela admitiu a existência de dificuldades, acreditando porém que elas serão superadas no momento das respostas. Em outro trecho, assinalou que as ruas falaram (estão falando) por mais direitos e eu quero dizer que o governo ouviu o clamor das ruas.

 

 

 

Todos ouviram, os jornais publicaram, as redes sociais funcionam sem parar, divulgando os fatos em tempo real, proporcionando uma organização sem líderes. Sem líde3res porque, penso eu, a reação à falta de soluções concretas para os problemas básicos parte de todos. Todos têm algo a dizer. E dizem através das telas da Internet.

 

 
Nenhuma reivindicação levanta até o momento referiu-se à questão do voto distrital, ao financiamento das campanhas eleitorais, ao caso de como são escolhidos os suplentes de senador. Vale a pena ressaltar, mais uma vez, que saúde, educação, transporte, segurança, saneamento básico, não dependem de reforma política.

 

 

Como a construção dos estádios para a Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014 também não dependem. A reforma política, ainda que fosse viável para entrar em vigor a partir das urnas do próximo ano, somente poderia causar efeitos a começar de 2015 para a frente.

 

 
A urgência, portanto, não se encontra nela, a reforma. Mas sim na forma com que o governo federal e os governos estaduais e municipais agirem de imediato para ir ao encontro da voz das ruas que continua ecoando pelo país. A voz das ruas inclui também o combate à corrupção, que atingiu níveis insuportáveis.”
Por Pedro do Coutto – Tribuna da Imprensa.

 

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