“Pois é… Espero, sinceramente, que nada de mal tenha acontecido com a presidente Dilma Rousseff e que o mal-estar que ela sentiu tenha sido mesmo em decorrência de uma queda de pressão, que pode acontecer.
Já falo a respeito — até porque sou especialista em pressão baixa; meu médico sempre diz que o contrário é que seria ruim —, mas, antes, quero aqui tratar de uma questão de estado.” Continua Reinaldo Azevedo:
“Dilma é candidata do PT à Presidência, à reeleição, mas já é presidente. Sempre tem à sua disposição médico — no caso, a presidenta tem uma médica —, equipe de paramédicos, tudo conforme manda, e deve mandar, o figurino.
A doutora, no entanto, não estava por ali, e a presidente, ora vejam, foi socorrida por João Santana. Não sabia que ele também é especialista nessa área.
A gente vê que Dilma se embanana duas vezes enquanto responde a pergunta da repórter Simone Queiroz, que é quem acaba lhe dando a deixa: “A senhora está passando mal?.” E Dilma diz, então, que sua pressão deve ter caído.
Restabelecida, ela tenta falar de novo, mas já tinha usado seu tempo numa resposta um tanto confusa.
Ao ser socorrida por doutor Santana, a presidente afirma: “Meu filho, eu devia ter comido antes de sair de casa. Caiu um pouquinho a minha pressão. Eu senti que ia cair, mas aí, imediatamente, eu dei uma esfregadinha nos meus pulsos. A minha sorte foi que não aconteceu nada disso [durante o debate]. Foi na hora que eu levantei, porque eu levantei subitamente”.
Então vamos lá. Eu não sei quem disse a Dilma que esfregar os pulsos faz subir a pressão. Se a senhora puser um galho de arruda atrás da orelha, o resultado é o mesmo, candidata: nenhum! Dar três pulinhos, nem que seja de ódio, pode ser mais eficaz.
Esse negócio de a pessoa estar sentada, levantar, e a pressão sanguínea cair caracteriza a “hipotensão postural”. Mas não foi o que aconteceu porque, nesse caso, o mal-estar é imediato, ele se dá quando a pessoa se põe de pé, não minutos depois, como foi o caso.
Se o indivíduo ficar muito tempo em pé — e isso também não aconteceu —, pode ser vítima de hipotensão. Uma situação de estresse intenso também pode levar ao mal-estar. Dilma perdeu claramente o confronto com Aécio, mas não a ponto, acho eu, de sofrer uma queda de pressão.
De todo modo, reitero: quando uma presidente da República passa mal, quem tem de socorrê-la é o medico, não o marqueteiro.
PS – O SBT pediu a retirada dos vídeos do Youtube.” Por Reinaldo Azevedo.
Continua Jorge Serrão com “Dilma pode fugir do debate da Globo, indo só à Record, depois da derrota “sob pressão” no SBT” publicação do Alerta Total.Net em 17 de outubro de 2014:
“Quem foi a responsável pela nomeação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para receber polpudos jetons como membro do Conselho de Administração da “estatal” Itaipu Binacional? Vaccari, que cuida das finanças da campanha de Dilma, foi denunciado na “colaboração premiada” de Paulo Roberto Costa como o sujeito que recebia os repasses das comissões de 2% que sobravam das negociatas de corrupção com empreiteiras que prestam serviços à Petrobras.
Vaccari é o mesmo processado por fraudes na gestão da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop), na qual fora diretor financeiro entre 2003 e 2004 e presidente de 2005 até fevereiro de 2009. O Ministério Público denunciou que a Bancoop bancava campanhas petistas…
Dilma Rousseff não teve ética, sinceridade ou competência suficientes para responder a estas e outras indagações graves feitas pelo rival Aécio Neves, no começo da noite de ontem, no (de)bate-boca promovido pelo SBT, Rádio Jovem Pan e UOL.
Dilma também não deu explicações concretas sobre as denúncias de superfaturamento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – o Comperj de Itaboraí.
E ainda caiu na armadilha de repercutir uma notícia (certamente plantada por sua assessoria nazicomunopetralha) no UOL, segundo a qual Paulo Roberto Costa teria delatado que o falecido presidente do PSDB, Sérgio Guerra, teria recebido propina, em 2009, para esvaziar as investigações de uma CPI sobre irregularidades na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
A comissão, instalada em julho e acabou em novembro, porque os votos majoritários do governo impediam qualquer investigação. A pizza interessava às grandes empreiteiras – que bancam campanhas de todos: no céu, na terra e no inferno…Aécio Neves aproveitou bem a deixa de Dilma no debate para deixá-la sem condições morais de responder: “Não importa de qual partido, tem que se investigar a todos, doa a quem doer.
Tem algo positivo aí, a senhora, pela primeira vez, deu credibilidade à denúncia do Paulo Roberto. É esse que diz que 2% da propina ia para o seu partido, para o tesoureiro do seu partido. E o que a senhora fez nesse período? Nada.
Agora, se a senhora diz que quer ir a fundo, por que o seu partido impediu que o senhor Vaccari fosse depor, que fosse explicar? E digo mais, ele ainda é tesoureiro do seu partido.
Pelo menos R$ 4 milhões foram transferidos pelo senhor Vaccari para a sua conta de campanha. Acho que os brasileiros tem que saber, antes das eleições, de onde veio esse dinheiro”.
Derrotada no debate, Dilma sentiu a pressão. No final de 1h 20min de (de)bate-boca contra Aécio, Dilma precisou ser amparada até uma cadeira próxima, pela repórter Simone Queiroz, do SBT, depois que alegou “um problema de pressão baixa”, ao se enrolar na resposta a uma pergunta, que pensava ser gravada, e não ao vivo. Dilma repetiu: “Eu estou me sentindo mal, minha pressão caiu”. Em seguida, já refeita, tentou armar: “Eu tive uma queda de pressão, agora consigo concluir a entrevista com você”.
A repórter alegou que o tempo havia estourado e que, em respeito à isonomia de tratamento prevista na Lei Eleitoral, não poderia prosseguir. Voltando a sua costumeira ira, Dilma foi mal educada: “Se você decidiu assim…”. A candidata virou a cara para a câmera e saiu, contrariada, de cena. Minutos depois, ao deixar do estúdio, novamente indagada pelos repórteres acerca de seu estado presente de saúde, Dilma proclamou: “Estou ótima”.
Quem realmente se sentiu “ótimo”, no final do confronto, foi Aécio Neves. Ao contrário do debate anterior, na Band, no qual perdeu a chance de triturar Dilma com o tema corrupção, o tucano conseguiu ser ofensivo sem parecer agressivo.
Aécio, antes de deixar a emissora, recebeu um telefonema da aliada Marina Silva, parabenizando-o por sua performance no debate. Já Dilma deve estar experimentando a ira de seu Presidentro Lula – que deve ter ficado PT da vida com a péssima performance dela.
De blusa azul (em vez da roupinha vermelha-comunista do primeiro turno), Dilma se mostrou sempre nervosa, mentindo como de costume e baixando o nível nas provocações contra o adversário que ontem a venceu, literalmente, por “pressão”.
Por ironia, Dilma foi acalmada por um copo d´água (coisa em falta em São Paulo, e que será o novo tema explorado pela propaganda petralha contra os tucanos). Dilma só não matou a sede de vingança por sua derrota imagética no SBT.
Ninguém se surpreenda se os marketeiros de Dilma Rousseff recomendarem que ela não compareça, na noite de quinta-feira que vem, ao debate final na Rede Globo.
Algum suposto problema de saúde de última hora pode levar Dilma a fugir da raia no encontro que pode ser fatal para sua desgastada imagem, quase na véspera da eleição do domingo seguinte, dia 26.
Se Dilma não for, quem vai gostar são os fãs do The Voice Brasil (programa que a emissora tira do ar para botar o debate, depois da novela Império). Não ser obrigado a ouvir a voz de Dilma mentindo e agredindo o adversário será um agradável programa de fim de noite. Será que Dilma vai fugir do debate da Globo?
Domingo que vem, ela deve comparecer ao debate na Rede Record – cujo proprietário é seu aliado Edir Macedo Bezerra, líder máximo da Igreja Universal do Reino de Deus. Marketeiros de Dilma avaliam que o programa, depois das 22 horas, logo após o “Domingo Espetacular”, tem pouco impacto sobre o eleitorado petista – que dorme àquela hora para acordar cedo na segunda-feira.
Acontece que, depois da derrota de ontem, o encontro de domingo que vem servirá para Dilma tentar uma contra-ofensiva para impedir o crescimento da candidatura de Aécio. Se for bem domingo, Dilma pode até alegar algum problema e correr o risco de escapar do debate na Globo (que pode lhe ser fatal).
De toda forma, uma coisa ficou bem clara. Sem a ajuda de um ponto eletrônico no ouvido, para receber dicas de assessores ou frases que ela não consegue articular sozinha, Dilma Rousseff é uma fraude gerencial ambulante.
Assim que for finalmente derrotada nas urnas, poderá até reclamar de que seu governo foi mal porque Luiz Inácio Lula da Silva ficava em seus ouvidos, teleguiando as ações dele e dos ministros que enfiou goela abaixo da sucessora… No entanto, antes disto, quem não lhe dará mais ouvidor é o eleitorado, PT da vida com tanta corrupção e incompetência.”
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