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“RIO – Depois de se tornarem parte da vida cotidiana, os memes estão se tornando também objeto de estudos acadêmicos na área de comunicação. E um projeto do departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense quer aproximar os internautas curiosos de pesquisas aprofundadas sobre o universo dos virais. Estreou na web esta semana o MUSEU DE MEMES, uma plataforma feita por professores e alunos da universidade que traz referências sobre pesquisas científicas na área.
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O site conta, por exemplo, que, apesar de o termo “meme” ter atingido um boom do ano de 2001 para cá, ele foi empregado pela primeira vez pelo renomado etólogo — profissional que estuda o comportamento animal — Richard Dawkins, em seu livro “O gene egoísta”, publicado em 1976. Dawkins cunhou o termo, uma adaptação da raiz grega “mimeme”, para definir os processos de replicação e evolução cultural que lhe chamaram a atenção quando ele iniciou sua defesa da tese do determinismo genético. Para o pesquisador, assim como os genes são os principais responsáveis por replicar o conteúdo geracional na evolução biológica dos organismos vivos, há uma outra ferramenta responsável pela transmissão da cultura, que batizou de “meme”. Na definição original de Dawkins, memes são ideias que se propagam pela sociedade — ou, atualmente, também pelas redes sociais — e sustentam determinados ritos ou padrões culturais.
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— Tomando isto como base, a castidade, o folclore, a moda, a gastronomia, o racismo (memes não são sempre bons!) e praticamente tudo o que conhecemos no nosso ambiente cultural são memes: dos jeans rasgados à tradição de cantar nas festinhas de aniversário “Parabéns a você” — explica o professor Viktor Chagas, criador e coordenador do projeto #MUSEUdeMEMES desde 2011.
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Para Dawkins, os memes atendem aos princípios da teoria darwiniana. Como os genes, eles disputam entre si pela própria sobrevivência através da adaptação. O estudo sobre estes fenômenos culturais, aliás, tem uma inclinação pelas metáforas biológicas. Ou você nunca se deu conta de que “viralizar” é um processo epidêmico?
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O #MUSEUdeMEMES traz um catálogo de memes, apelidado de “memepédia”; um blog com reflexões sobre o processo de pesquisa de memes; e uma base de dados sobre pesquisas acadêmicas relacionadas a esse universo. Já são mais de 200 referências catalogadas, divididas em categorias, para auxiliar quem quer começar a entender esse universo.
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Há ainda os memeclubes, encontros abertos ao público que são uma mistura de cineclube e seminário acadêmico e que acontecem duas vezes por semestre. Em cada evento, alunos apresentam uma reflexão específica. Os últimos temas destacados foram as webcelebridades — anônimos que viraram memes —, eleições e personagens históricos. Nos próximos encontros serão discutidos memes LGBT e racistas.
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— O meme está na crista da onda do mundo academico. Tem cada vez mais gente interessada em compreender o meme como novo gênero midiático e também como ferramenta de participação política — comenta Chagas. — O projeto começou em 2011 quando notei que muitos alunos tinham vontade de pesquisar sobre o universo dos memes. Então comecei a fazer uma mapeamento dessa área junto com os estudantes e, agora decidimos disponibilizar todo o material de pesquisa.
Divulgação do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense.”
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Lei Moral, Liberdade e História: Tripé da Grandeza por Luiz Eduardo da Rocha Paiva: “O respeito a um código de valores morais e éticos é um dos alicerces da grandeza das nações. Riqueza, progresso e poder não bastam nos desafios cujo enfrentamento exija coesão, autoestima e autorrespeito, atributos de nações que se impõem pelo próprio valor. O código é a Lei Moral, amálgama dos cidadãos entre si, elo do povo com sua liderança e base da grandeza das nações.
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A sociedade brasileira padece de grave enfermidade moral que contamina a liderança nacional e compromete a coesão imprescindível ao País para enfrentar os conflitos que virão, por sua crescente inserção como ator de peso nas relações internacionais. A liderança é patrimonialista e amplamente corrompida nos Poderes da União e em diversos setores do País. Apodera-se dos bens públicos como se fossem de sua propriedade e escarnece da Nação com mentirosas explicações para as manobras imorais que promove, usurpando o tesouro nacional em benefício próprio.
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Apóia-se na impunidade e na omissão de uma sociedade anestesiada e lamentavelmente acomodada, que perdeu a confiança na justiça, assumiu a falta de ética e sepultou valores imortais. O cidadão contenta-se com a satisfação de necessidades básicas e a falsa noção de liberdade, que usa sem responsabilidade e disciplina, tornando-a um bem ilusório.Agoniza a Lei Moral, condição de grandeza.
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Vão-se as referências e vem a anomia, dando margem a desvios de conduta emblemáticos como o do atleta que vira cambalhotas em solenidade na rampa do Palácio do Planalto; o do aluno que se dirige ao mestre pelo apelido, quando não o agride; o de autoridades que, literalmente, usam o boné de movimentos radicais violentos, ditos sociais, como o MST, parecendo respaldar suas ações criminosas; e o de líderes que não se envergonham de buscar o apoio de poderosos políticos corruptos e prestigiarmensaleiros denunciados na justiça como uma quadrilha.
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A liderança nacional, carente valores para se afirmar pelo exemplo, na ânsia de agradar para aparecer bem na foto e ávida de poder, despreza protocolos, normas e ética, debilitando o princípio da autoridade e a dignidade de cargos públicos. Leva a Nação a confundir intimidade permissiva e leniência com espírito democrático e falta de ética com tino político.
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Essa doença moral não será curada por partidos políticos desmoralizados ou por eleições incapazes de aperfeiçoar, por si só, a democracia como se tenta iludir a Nação. Um choque de valores teria de vir da sociedade, ser aplicado nela própria, assimilado pelas famílias e por um sistema educacional moral e profissionalmente recuperado, capaz de gerar cidadãos íntegros e cientes de que liberdade sem disciplina esgarça o sistema social. Hoje, a mídia é o setor com maior poder de contribuir para recuperar os valores tradicionais e limitar a ganância e abusos dos donos do poder, desde que resista às tentativas de mordaça política, financeira e ideológica e permaneça imparcial e vigilante.
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Liberdade é um bem inestimável e uma das aspirações mais valorizadas pela sociedade brasileira, mas não é passe livre para o cidadão fazer o que bem entende. O exercício desse direito requer civismo, disciplina e respeito ao próximo. A crença na liberdade fica comprometida quando as instituições não impõem o império da lei e justiça e as lideranças usam o poder para usurpar, impunemente, bens por direito pertencentes à nação.
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Por outro lado, a ausência de liberdade já fez ruir muitos impérios. A União Soviética condenou-se ao atraso, exceto nos campos militar e científico-tecnológico, ao submeter suas nações a uma ideologia totalitária liberticida, colocando o Partido Comunista acima de liberdade, justiça, vida e família. História e tradição foram deturpadas pela ideologia; heróis de verdade denegridos e substituídos por ídolos feitos pela propaganda estatal; disciplina e dever, impostos por ameaças, eram voltados ao Partido e não à nação. Foi um Estado déspota que tentou, mas não conseguiu apagar a história e as tradições das nações que tornou escravas.
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A história também é fiadora do projeto de uma nação que se pretende grande, perene e respeitada. É o selo desse compromisso transmitido de geração a geração e fortalece a fraternidade entre os cidadãos de um país. Se a história mantém unida a nação, os heróis que conduziram o país em momentos decisivos são os seus protagonistas. Eles se tornam merecedores da gratidão e respeito do povo por tomarem atitudes corajosas e decisivas e assumirem responsabilidades com sacrifício pessoal, em prol da nação, diante de situações extremas.
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Heróis não foram e nem poderiam ser pessoas perfeitas, mas são cidadãos especiais como poucos serão. Pátria, história e heróis são símbolos, sínteses e imagens de princípios e valores morais e éticos inspiradores de nobres ideais. Ao enaltecê-los, uma nação com vocação de grandeza propõe referenciais de excelência que motivam a busca da perfeição e tornam o povo combativo, disciplinado, altivo, empreendedor e unido. Ou seja, constrói a própria grandeza.
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Há décadas que a esquerda radical brasileira, herdeira da infausta ideologia comunista, desenvolve permanente campanha no sentido de denegrir a História e os heróis do País e, também, promover a quebra de valores tradicionais, a fim de enfraquecer a coesão nacional e debilitar moralmente a sociedade e a família. Conta com a parceria, consciente ou não, de vários segmentos da Nação, que se tornaram instrumentos da via gramcistade tomada do poder, estratégia contemporânea para a implantação de um regime socialista totalitário e liberticida.
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As vulnerabilidades advindas desse contexto, e que fragilizam a Nação, não poderiam deixar de ser aproveitadas pelos inimigos da democracia.
Ou o Brasil revigora a Lei Moral, consolida a liberdade, neutralizando seus inimigos, e resgata sua História e heróis ou será um gigante de pés de barro, uma Nação sem o respeito do mundo e, pior ainda, do seu próprio povo.”
Luiz Eduardo Rocha Paiva é General de Brigada na reserva. Artigo publicado na Revista do Clube Militar, Nr 442, (Agosto-setembro-Outubro/2011).
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Encerrando nossa exposição de MEMES até 28 de junho de 2014 com “Em entrevista, Dilma atribui críticas a ‘preconceito de gênero’.”
“A presidente Dilma Rousseff defendeu a liberdade de expressão “em todas as suas formas, em todas as suas possibilidades e [em] todas as suas nuances” “Liberdade de manifestação para que a sociedade, as pessoas, os cidadãos possam expressar e possam se expressar, por meio das diferentes mídias, seus projetos, seus desejos, suas esperanças e seus interesses, sem qualquer censura do Estado e também sem qualquer bloqueio de natureza econômica”, ressaltou Dilma.
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Ela disse que no Brasil a liberdade de imprensa é garantida e que prefere “o ruído e as críticas usuais e normais na democracia ao silêncio imposto ou obsequiosamente aceito nas ditaduras”. A presidenta argumentou que o exercício da liberdade de expressão requer a garantia de espaço, em todas as mídias, “sem censura ou autocensura”, para o debate sobre os direitos e avanços da civilização, como o respeito à diversidade.
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“As empresas de mídia, sobretudo as redes e emissoras de rádio e televisão, assim como os produtores de conteúdo na internet e os veículos impressos, têm um papel fundamental a desempenhar na construção de uma agenda de diversidade, de respeito aos direitos individuais e humanos, de melhoria de vida e de justiça social”, disse a presidenta.
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No discurso, Dilma também destacou as políticas do governo de estímulo à produção audiovisual no país e a transformação do marco civil da internet em lei, para defender a “liberdade de expressão, a privacidade e a neutralidade da rede”.(AE)
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