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Pau na máquina Jorge: “Ninguém menos que José Dirceu de Oliveira e Silva, condenado no Mensalão e cansado de ficar preso pelo Petrolão, está fechando um acordo de “colaboração premiada” com a Força Tarefa da Lava Jato. Outro que tende a seguir o mesmo caminho da “delação” é o ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, o maçom André Vargas. A pergunta enigmática que fica no ar é: se Dirceu e Andrezinho delatarem, quem será “deletado”? O Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Fernando Moro deverão responder com facilidade…
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Dirceu não aguenta mais ficar tanto tempo preso – ainda mais porque já tem uma condenação nas costas e tende a se ferrar nos processos da Lava Jato. Ele tem sido pressionado pelo filho a optar pela delação. Na tese de familiares do “guerreiro do povo brasileiro”, “não é justo que ele pague sozinho por crimes que sequer cometeu” (sic). No Mensalão, Dirceu segurou a barra praticamente sozinho. No Petrolão, ele se sentiu abandonado por “amigos”. Dirceu só quer ter paz para voltar a viver com sua filha pequena e xodó, Maria Antônia, de apenas cinco anos, fruto do namoro com Simone Patrícia Tristão Pereira.
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O caso de André Vargas é um pouco mais complexo. Ele não deseja atrair para si a pecha de “traidor”. Ainda mais que seus aliados e familiares, até o momento, estariam sendo beneficiados por benesses governamentais, que estariam comprando o “silêncio obsequioso”. André enfrenta o mesmo problema de outros presos na Lava Jato. Como não acreditava que poderia ficar tanto tempo na cadeia, posava de valente. O longo tempo encarcerado quebrou a resistência do petista que seria um dos mais completos “arquivos vivos” sobre a cúpula do Partido dos Trabalhadores. Se André realmente abrir o bico, em transação judicial, o estrago será grande.
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Enquanto a petelândia entra em desespero com o risco concreto e imediato das delações de Dirceu e André, a Presidenta Dilma Rousseff segue desgovernando em ritmo insustentável. Só não perdeu seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, porque o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi desconvenceu-o da demissão. Teriam falado mais alto os interesses do próprio Bradesco e do Itaú que não desejam “surpresas” em tempos de complicada crise de inadimplência – não só dos clientes que pagam juros extorsivos, mas do próprio desgoverno com os bancos. Levy continua no cargo, porém sem a menor vontade de ficar. Se a pressão aumentar demais, chuta o balde e sai.
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Tão ruim e insustentável quanto à situação de Dilma é a permanência dos presidentes da Câmara e do Senado em seus cargos. As delações premiadas da Lava Jato tendem mesmo manchar as reputações de Eduardo Cunha e Renan Calheiros. A delação premiada de “Fernando Baiano” – que também comprometaria o filho do Presidentro $talinácio – teria bombas contra Renan e Cunha. A desestabilização de ambos, junto com o enfraquecimento de Dilma (o que é uma redundância), causará uma perigosa paralisia nas votações do Congresso – prejudicando ainda mais a turma do Palhasso do Planalto.
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A cúpula da desqualificada classe política vai para o saco? Ainda não se tem certeza do fenômeno, porque a impunidade aos poderosos é um traço marcante em Bruzundanga. Mas é certo que o povo vai voltar às ruas para protestar, de forma não aparelhada por movimentos manipulados e financiados por lideranças de partidos políticos – a maioria que apenas finge “oposição” ao desgoverno. O lema da nova tática é: NãoVaiTerAcordão…
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A turma já prepara pequenas manifestações – iguais aquelas que acabaram redundando nas grandes concentrações que causaram “surpresa” em 2013… A partir deste domingo, a intenção é mobilizar pessoas para saidinhas diárias de protesto, que começam em pequena escala, mas tendem a evoluir, em função da crescente insatisfação. As redes sociais da internet vão impulsionar mais uma modalidade de movimento cívico.
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As manifestações acontecerão, diariamente, a partir das 18 horas. O ato dominical está marcado para o MASP, em São Paulo. Na segunda-feira, a bronca será livre no Largo do Batata (Estação Pinheiros do Metrô). A divulgação dos locais, na hora do rush paulistano, será diária… Em Brasília, a partir da próxima quarta-feira, está marcada uma reunião na Esplanada dos Ministérios… O movimento espontâneo vai se multiplicar.
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O que a politicagem mais teme é pressão popular. O PT, que já teve o “monopólio” das manifestações do passado, sabe muito bem como o negócio funciona. Tanto que o partido faz pressão, também na rua, para tirar o emprego do Joaquim Levy, mandando-o de volta para ganhar o salariozinho de R$ 370 mil mensais no Bradesco… O azar da petelândia é que, se a nova forma de protesto (sem caminhão de som, sem grana por trás e sem partidos) receber adesões, Luiz Inácio Lula da Silva acabará mais humilhado que o “Pixuleco” – boneco presidiário 171, literalmente feito à base de “vento ensacado”…
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O Zé Povinho tem moral, biografia e autoridade para pressionar o desgoverno do Foro de São Paulo…“ Por Jorge Serrão no ALERTA TOTAL de 18 de outubro.
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CHAGAS NELES: “…O sempre respeitado ex-vice-presidente Marco Maciel costuma contar episódio do folclore pernambucano. Dois times do interior disputavam acirrada partida de final de campeonato, valendo tudo para a conquista da vitória, inclusive suborno de jogadores. Aos 45 minutos do segundo tempo havia empate, quando num golpe de sorte o centro-avante de uma das equipes vê-se sozinho com a bola, próximo da área do adversário. Bastaria avançar no rumo da meta e marcar. Quando começa a correr, grita para o goleiro do outro time: “vem nimim, vem nimim que eu tô vendido!” Resposta: “num posso! Eu também tô!”
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Ignora-se se houve gol ou não, pois as duas torcidas indignaram-se e invadiram o campo, massacrando os jogadores.
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Assim o conflito entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha. Ambos estão vendidos, quer dizer, a presidente recusa-se a chutar e fazer o gol, com o deputado comprometido em deixar a bola passar. Para evitar a perda das funções e do próprio mandato, a partir do Conselho de Ética, Cunha promete não dar andamento ao pedido de impeachment contra Dilma, por crime de responsabilidade fiscal. Desde que, é claro, ela mobilize seus deputados para não condenarem o adversário pela abertura, num banco suíço, de contas secretas com dinheiro podre da Petrobras.
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Uma marmelada digna dos jogos de várzea, podendo as arquibancadas estar dispostas a invadir o gramado e ministrar inesquecível lição nos contendores. Porque acordo tão baixo assim nos leva à suposição de que, na disputa lembrada por Marco Maciel, estavam o “Al Capone Futebol Clube” contra o “Clube de Regatas do Ali Babá”…
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Paragrafos de Carlos Chagas na matéria “VEM NIMIM QUE EU TÔ VENDIDO” – “NUM POSSO, EU TAMBÉM TÔ” publicada no DIARIO DO PODER de 15/10/2015.
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