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“A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base e ninguém no País está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB”. Em menos de cinco minutos, o PMDB aprovou na tarde desta terça-feira, 29, por aclamação, a moção que ratifica o rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff, com a recomendação de entrega imediata dos cargos no governo federal.
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No encontro do diretório nacional, na Câmara dos Deputados, estavam presentes vários caciques do partido, incluindo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido de impeachment contra Dilma, avaliado por uma comissão de parlamentares. No entanto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não participaram da reunião. Logo após abrir os trabalhos, o primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), leu a moção do peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Integração Nacional, e informou que havia um entendimento que ela fosse aprovada por aclamação e simbólica, o que ocorreu em seguida.
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Após a comemoração dos presentes, um grupo gritou, em coro, “Brasil, pra frente, Temer presidente” e Jucá emendou. “A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base e ninguém no País está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB”. Juca encerrou o encontro com um “Viva o Brasil” e membros do partido ainda tiveram tempo para entoar um “Fora PT”.“(UOL NOTICIAS com ESTADÃO).
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`Primeiro, a presidente fez uma rodada de conversas com veículos estrangeiros em que não se furtou a repetir que está em curso um golpe no país. A investida presidencial levou ministros e ex-ministros do Supremo, a OAB e outras instituições a declarar o óbvio ao longo do fim de semana: o Brasil vive a normalidade democrática. Há um processo de impeachment instaurando num Congresso democraticamente eleito, que está previsto na Constituição e cujo rito foi pormenorizado pela mais alta corte do país.
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“O PT e o governo devem ter avaliado que, ao vocalizar o NãoVaiTerGolpe, Dilma deu mais um tiro no pé, porque nesta segunda-feira foi a vez de Lula convocar os veículos estrangeiros para pintar outra realidade. Nesta, mais edulcorada, o impeachment é uma possibilidade facilmente afastável. O governo contaria, vejam só, com votos suficientes no PMDB para derrotar a proposta. Ele mesmo, lembrou Lula, governou com só uma parcela do partido. Verdade. A opção, logo no início do seu mandato, levou ao mensalão, o primeiro escândalo petista. O fato é que a imprensa gringa não comprou nem o golpe de Dilma nem o país das maravilhas de Lula. A “The Economist” pediu a renúncia da presidente em sua capa. Mesmo com a predileção de Dilma e Lula de falar com a imprensa internacional, não faltaram petistas para espinafrar a revista britância, a mesma que era louvada quando estampou na capa o Cristo Redentor decolando.
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“Três dias depois de a presidenta Dilma Rousseff conceder em Brasília uma entrevista a um grupo de jornais estrangeiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se reuniu nesta segunda-feira em São Paulo com a imprensa estrangeira para uma coletiva: tudo isso é um sintoma de como estão as relações entre o Governo e os meios de comunicação locais. Lula está posicionado no próprio olho do furacão político que atormenta o país pelas acusações de corrupção de que é alvo e sua nomeação como ministro, vetado provisoriamente por um magistrado do Supremo Tribunal Federal que entende que desse modo ele busca escapar da Justiça“. (EL PAÍS).
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“A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria nesta semana para Washington, nos Estados Unidos, onde participaria da Cúpula de Segurança Nuclear. O encontro ocorre nas próximas quinta (31) e sexta-feiras (1), e o embarque da presidente estava previsto para a manhã de quarta. A equipe de suporte que sempre viaja antes da presidente não embarcou ontem, e hoje recebeu o aviso de que não haveria mais a agenda. Caso Dilma participasse do compromisso, para o qual são esperados outros chefes de Estado, o vice-presidente Michel Temer assumiria a Presidência, como é praxe nas viagens internacionais do presidente da República. Nesta quarta-feira, o PMDB decidiu romper com o governo federal, em uma decisão tomada por aclamação no encontro do Diretório Nacional do Partido, que durou menos de cinco minutos.“(Paulo Victor Chagas, da AGÊNCIA BRASIL).
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“Diante do agravamento a crise política e do desembaque do PMDB, Interlocutores da presidente Dilma no PT e no governo passaram a defender a antecipação de eleições presidenciais para este ano. Alguns petistas já defendem até mesmo eleições gerais.“(Gerson Camarotti).
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“Ao convocar manifestação em defesa do governo Dilma para a próxima quinta-feira 31, em Brasília, a Frente Brasil Popular distribui o panfleto repleto de mentiras e agressões. Diz que “Aécio e sua turma” estão por trás do impeachment e querem acabar com “as leis trabalhistas”. A FBP fala que “quem quer o impeachment quer acabar com a ampliação de universidades públicas, cotas raciais e programas sociais” e com as “políticas voltadas ao povo negro, indígenas, mulheres e população LGBTT”. No panfleto, a FBP acusa Sérgio Moro de violar leis, aplicar prisões descabidas e manter relações com o PSDB. Ataca até a mulher de Moro, acusando-a de trabalhar para os tucanos e para a Shell. É nojento.“ (O Antagonista).
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…No despacho em que liberou as gravações, Moro afirmou que, “pelo teor dos diálogos degravados, constata-se que o ex-Presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos”… …“A divulgação do conteúdo das conversas interceptadas foi divulgado por Moro no último dia 16, um dia antes da posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil. O juiz explicou que o alvo das investigações era o ex-presidente, até o momento em que ainda não estava empossado no cargo.“ “Jamais foi requerida ou autorizada interceptação telefônica de autoridades com foro privilegiado no presente processo. Diálogos do ex-Presidente e de alguns de seus associados com autoridades com foro privilegiado foram colhidos apenas fortuitamente no curso do processo, sem que eles mesmo tenham sido investigados”, diz o juiz no ofício…“…“Apesar disso, pela relevância desse diálogo para o investigado, não há falar em direito da privacidade a ser resguardado, já que ele é relevante jurídico-criminalmente para o ex-presidente”, escreve o juiz…“…“Com o foco da investigação nas condutas do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o entendimento deste julgador foi no sentido de que a competência para decidir a questões controvertidas no processo, inclusive sobre o levantamento do sigilo sobre o processo, era da 13ª Vara Criminal Federal até que ele tomasse posse como Ministro Chefe da Casa Civil, como previsto inicialmente no dia 22/03”, escreveu…“ “…O juiz também negou que a divulgação objetivou “gerar fato políticopartidário, polêmicas ou conflitos”, mas sim “dar publicidade ao processo e especialmente a condutas relevantes do ponto de vista jurídico e criminal do investigado do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que podem eventualmente caracterizar obstrução à Justiça ou tentativas de obstrução à Justiça”… …“Moro também explicou que já havia retirado o sigilo de escutas ao final de outras investigações “a fim de garantir o contraditório e a publicidade do processo”, dando como exemplo uma decisão de 2014 do próprio STF, em outro caso. No ofício, Moro faz referências a várias conversas de Lula em que cita outras autoridades para barrar as investigações, incluindo menções à ministra do STF Rosa Weber, ao ex-subprocurador-geral da República Eugênio Aragão (atual ministro da Justiça), ao ministro da Fazenda Nelson Barbosa. Em todas, Moro diz que o diálogo interceptado é “relevante na perspectiva jurídico-criminal”… …”Mesmo no caso envolvendo o ex-Presidente, apesar de todo esse contexto acima exposto, de aparente intimidação, obstrução e tentativas de influenciar indevidamente magistrados, e não obstante toda a especulação a respeito, não havia sequer qualquer pedido de decretação de prisão cautelar do MPF contra o investigado, o que significa que medida drástica sequer estava em cogitação por parte deste Juízo”, afirma Moro…“ …“Sérgio Moro admite que pode ter se equivocado na divulgação e, pela segunda vez no documento, pede desculpas por “provocar polêmicas, conflitos ou provocar constrangimento”… …“”Ainda que este julgador tenha se equivocado em seu entendimento jurídico e admito, à luz da controvérsia então instaurada que isso pode ter ocorrido, jamais, porém, foi a intenção desse julgador, ao proferir a aludida decisão de 16/03, provocar polêmicas, conflitos ou provocar constrangimentos, e, por eles, renovo minhas respeitosas escusas a este Egrégio Supremo, diz o Juiz.“ (Renan Ramalho do G1, em Brasília).
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