“O ministro Celso de Mello precisou de pouco mais de uma hora para enterrar em cova rasa sete anos de mentiras, bravatas, bazófias e invencionices produzidas pelo ex-presidente Lula desde que a descoberta do mensalão o animou a nomear-se Padroeiro dos Bandidos de Estimação.
O decano do Supremo Tribunal Federal fez muito mais que restabelecer a verdade com um voto irretocável.
Ao longo da aula magna de Justiça, sublinhada pela celebração da honradez, Celso de Mello lavou a alma do Brasil decente”.
Augusto Nunes – Revista Veja.
“O ministro Ricardo Lewandowski não supreendeu ninguém.
Há uma diferença entre ser garantista e ser leniente.
Aliás, esses são conceitos, na verdade, opostos. O “garantismo” tanto atende aos direitos dos réus como ao direito de reparação que têm os ofendidos.
O ministro Ricardo Lewandowski fez tábula rasa de dois fundamentos consolidados em todas as democracias do mundo: a teoria do domínio do fato e a força das provas indiciárias, que podem levar um juiz a concluir pela culpa e até pela inocência de um réu.
Casados, esses dois fundamentos impedem que os poderosos se escondam atrás de prepostos.
A prevalecer a tese de Lewandowski, a Justiça brasileira se tornará, de fato, a caricatura que dela fazem: prende os peixes pequenos e deixa soltos os tubarões.
O que ele queria para condenar José Dirceu?
Um recibo assinado? Um ofício em três vias?
As reuniões com a banqueira, na companhia de Delúbio Soares e Marcos Valério, antes da concessão de um empréstimo fraudado, então não existiram?
Trata-se de um absoluto despropósito.
A história tem suas ironias, não é? O partido que vinha para acabar com a impunidade nestepaiz apela, indiretamente, a um conceito de Justiça que estava e está no cerne da impunidade.
Isso vindo do PT e de petistas não me surpreende. Ao contrário, confirma todas as minhas teses”.
Reinaldo Azevedo – Revista Veja
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