“A essa altura do julgamento do mensalão já me dou por satisfeito com a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desse ramo da megaquadrilha. Outros existem. Ter a certeza de que José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha não irão emporcalhar ainda mais a política nacional por um bom tempo, já é animador. O ideal seria que eles apodrecessem na cadeia e tivessem os bens confiscados para ressarcir o erário, mas, em um país do terceiro mundo habitado em sua maioria por analfabetos e semi-analfabetos alienados politicamente e que há dez anos vem sendo aparelhado pelo PT, seria querer demais. Uma utopia.
Hoje estou mais aliviado, analisando e curtindo a reação dos picaretas envolvidos direta e indiretamente nesse processo, que sem dúvidas vai entrar para a história como o maior escândalo político já ocorrido abaixo do Equador. E como se não bastasse, protagonizado por um partido criado com a finalidade de moralizar o país, mas que durante dez anos no poder empenhou-se em arrebanhar de Norte a Sul e de Leste a Oeste do país o que havia de mais podre entre os políticos em atividade e transformar a capital da república em recordista mundial no número de bandidos por metro quadrado, a ponto de o brasilience trabalhador e honesto estar solicitando encarecidamente que cada estado da federação recolha seu lixo.
Luiz Inácio Lula da Silva definiu como sendo “uma hipocrisia” a condenação dos petistas na Ação Penal 470. Ora, hipócrita foi ele, o verdadeiro chefe da quadrilha. Quando estourou o escândalo declarou ter sido apunhalado pelas costas. Antes a metáfora tivesse sido verdadeira. No entanto, o hipócrita continuou presidente e foi reeleito diante de uma oposição omissa, vendida, acovardada e que a toda hora alertava para o risco de ingovernabilidade.
Que ingovernabilidade? Um povo que não tem coragem de lutar pela moralidade, pela ética e pelo respeito a sua Constituição, mesmo que essa luta seja sangrenta, não merece respeito. Todas as grandes nações de hoje passaram por saneadoras lutas internas. Por que seríamos diferentes? Quem nos dá essa imunidade? As novelas? O carnaval ? O futebol? Esse dissimulado ex-presidente deveria ter sido cassado, faltaram homens nessa oposiçãozinha vagabunda.
Outro personagem, o sub-chefe da quadrilha, José Dirceu berrou ” Vou aceitar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não me deixarei abater”. Ridícula declaração, porque ele não passa de um covarde e covarde não luta, covardes fogem, e ele fugiu da raia durante o regime militar, fez uma cirurgia plástica, mudou a cara e voltou ao Brasil com nome falso e tornou-se gigolô no interior do Paraná.
Enganou uma mulher com quem dormiu por vários anos e por ocasião da anistia política, decretada pelos militares, abandonou a dita, submeteu-se a nova cirurgia e refez a antiga cara. Um arrependimento inédito nos anais da medicina.
Um verdadeiro protótipo abundante na república de Macunaíma, onde esses tipos fazem sucesso social e político além de tornarem-se ricos do dia para a noite, roubando o erário, sob as barbas de um fisco especialista em perseguir quem trabalha e produz. Afinal dinheiro roubado no Brasil está isento de Imposto de Renda.
José Genoíno depois de condenado passou de guerrilheiro a poeta dramático; atentem para sua última declaração à imprensa: “A sensação é de estar numa noite escura e ser condenado injustamente”. Esse guerrilheirozinho de meia tigela, que quando abordado por militares no Araguaia, antes de levar o primeiro tapa no escutador de novelas, abriu o bico e delatou todos os companheiros. Consequentemente, o esperado confronto na região tornou-se a batalha de Itararé do século XX – o grande confronto que nunca houve.
Agora imaginem, esse “corajoso e combativo” guerrilheiro ocupa hoje o cargo de assessor do Ministro da Defesa, Celso Amorim, diga-se de passagem, um nanico físico e moral.
Lembram dele? Ex-Ministro das Relações Exteriores, que levou o Brasil para a esfera dos mais podres regimes do terceiro mundo?
Sobre João Paulo Cunha, aquele que mandava a mulher receber propinas na boca do caixa em um banco de Brasília, e que mesmo condenado não admite renunciar ao mandato de deputado.
Sabe-se que anda derramando rios de lágrimas durante as reuniões da quadrilha petista, não obstante a afirmação de Delúbio Soares:
” As denúncias do mensalão vão virar piadas de salão” E pensar que esse indivíduo como presidente da Câmara na ocasião e na ausência do bandido mor, que estava fazendo farra no exterior com o nosso dinheiro, por dois dias esteve à frente da Presidência da República.
Encerro, renovando minhas esperanças utópicas de que esses bandidos apodreçam na cadeia e convocando os mais devotos para dirigirem sua preces diárias nesse sentido, além de fazer um pedido às autoridades judiciárias para que o bando apenado seja alojado em presídio especial, longe de Marcola e de Fernandinho Beira Mar, para evitar que esses dois ao deixarem a prisão não saiam piores do que quando lá entraram”.
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net por Humberto de Luna Freire Filho (Médico).
“Quando condenados, um traficante, um seqüestrador, um assassino e até um ladrão de galinha saem da sala do juiz ou do júri diretamente para a cadeia, se lá não estavam antes, presos preventivamente. Assim dispõe a lei. A condenação final dos mensaleiros será conhecida no final deste mês, no máximo nos primeiros dias de novembro.
Seus advogados, porém, calculam que só em meados do próximo ano entrarão nas penitenciárias aqueles que tiverem sido sentenciados a prisão fechada e, em alguns casos, prisão aberta, quando só precisarão dormir atrás das grades.
O rito, para os réus de colarinho banco, é demorado. Depois das condenações, os ministros do Supremo Tribunal Federal se reunirão para a chamada dosimetria, ou seja, a fixação das penas para cada um dos condenados, pelo diversos crimes em que tiverem incorrido.
Trabalho longo, quando onze ou dez decisões sobre 36 réus serão expostas, cotejadas, somadas e submetidas à média afinal definida pelo plenário.
Em seguida vem a preparação do acórdão de mil páginas, a exigir, da mesma forma, entendimento entre os meretíssimos. Uma vez publicado o texto no Diário da Justiça, abre-se a temporada para os recursos. Apesar de última instância, a mais alta corte nacional de Justiça estará obrigada a examinar embargos de declaração, referentes a duvidas sobre as sentenças, e embargos infringentes, a que tiverem direito os réus que apesar de condenados obtiveram quatro votos a seu favor. Só então as condenações ganharão o finalíssimo registro do “transitado em julgado”.
A etapa seguinte envolverá as varas de execuções penais dos diversos estados ou municípios onde residirem os réus, para definição dos locais de cumprimento das penas. Em suma, muita água passará sob a ponte até que os mensaleiros vejam o sol nascer quadrado, se é que verão.
Tudo de acordo com a lei, mas o que dizer daquela outra, citada inicialmente, para os ladrões de galinha? Ainda mais estando em ação luminares da ciência do Direito, como são os advogados dos réus, mestres na arte da procrastinação e do apelo a recursos”…
Por Carlos Chagas
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