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Pau na máquina, Jorge: “O Zé morre na cadeia, mas o Zé não faz delação”. Foi assim que o advogado Roberto Podval, que considera seu cliente uma vítima de perseguição política, avisou que José Dirceu de Oliveira e Silva não vai fazer acordo de “colaboração premiada” com o Ministério Público Federal. O silêncio forçado de Dirceu, no entanto, pode adiantar nada. Basta que a Força Tarefa da Lava Jato consulte, oficialmente, o que vem revelando a imprensa de Portugal sobre o escandaloso processo contra o falido grupo Espírito Santo.

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Desde julho do ano passado, a partir da Operação Monte Branco, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal de Portugal, investiga transferências ilegais entre gestores de fortuna, em um dos maiores escândalos globais de lavagem de dinheiro. Os portugueses falam, abertamente, que existe uma relação direta entre o escândalo de lá da terrinha e a Operação Lava Jato no Brasil. O banqueiro Ricardo Salgado teria sido um notório parceiro de negócios com José Dirceu, Luiz Inácio Lula da Silva e seus parceiros.

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A coisa já está esquisita para o Espírito Santo, em Portugal. Breve, pode ficar feia para o Pai e o Filho, no Brasil. O perigo é que seja revelado em nome de quem, aqui no Brasil, tem dinheiro supostamente levado-lavado lá na quebrada instituição portuguesa. Nos bastidores do judiciário, avalia-se que a relação entre Lava Jato e Monte branco pode vir à tona com a CPI do BNDES – sobre a qual o PT não terá controle de manipulação.

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Enquanto isso, o pânico geral no PMDB é com as recentes atitudes de Fernando Soares e seus advogados. Conhecido como Baiano, ele teria cansado de ficar preso desde novembro. Por isso, deve fazer nesta sexta-feira mais uma reunião com os procuradores da Força Tarefa do MPF. Ele teria sido “abandonado” por seu advogado, o ilustre criminalista Nélio Machado. O defensor, simplesmente, não apresentou suas alegações finais em favor do cliente. Como não faz delação premiada, Machado espera que o Supremo Tribunal Federal resolva se sobe para sua competência, saindo da 13a Vara Federal, o caso de Baiano e de Nestor Cerveró, onde se toca no nome do presidente Eduardo Cunha como suposto beneficiário de esquemas da Lava Jato.

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Só um imbecil não enxerga que a Petrobras – maior transnacional brasileira – foi usada pelo maior esquema de lavagem de dinheiro nunca antes visto na História do Brasil, com evidentes ramificações transnacionais. Só uma besta quadrada pode supor que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Paulo Duque (Serviços), Jorge Zelada e Nestor Cerveró (Internacional) agiram por conta própria, sem nenhum comando acima deles.

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Tal fato chama atenção para outro absurdo já denunciado fartamente por investidores da Petrobras. Costa e Youssef podem ter tido ingerência sobre os fundos BB Millenium 6, Marte e Vênus. Suspeita-se que R$ 7 bilhões tenham virado pó nestas operações financeiras sob suspeita e alvos de inquéritos estranhamente arquivados pela Comissão de Valores Mobiliários. Paulo Roberto Costa foi preso por tentativa de destruição de provas…

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O Pai, o Filho e as contas lá fora, no Espírito Santo, se forem investigadas, renderão muitas prisões. O problema é faltar vaga para o pagamento da penitencia… Mas, pelo menos, a maioria dos brasileiros demonstra que cansou de dizer amém para a tanta corrupção…

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As panelas bateram forte ontem, e a pressão aumenta. A sociedade brasileira não aguenta mais pagar o alto preço cobrado pela corrupção sistêmica. Por isso, não basta “Fora, Dilma”. A limpeza precisa ser ampla, sistêmica e irrestrita…

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Publicado por Jorge Serrão, Editor Chefe do ALERTA TOTAL em 07 de agosto de 2015.

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