Dá-lhe Dirceu: “A notícia mais temida pelo povo venezuelano infelizmente se concretizou. A morte do presidente Hugo Chávez, anunciada na tarde de terça-feira pelo vice-presidente do país, Nicolás Maduro, deixou de luto uma nação que, sob a condução de uma das maiores lideranças políticas recentes, viu uma verdadeira revolução social acontecer.
Tido por muitos como o maior fenômeno político da América Latina dos dias atuais, esse homem de fibra inigualável chegou ao palácio de Miraflores em janeiro de 1999, em um momento em que o socialismo encontrava-se desacreditado devido à dissolução da União Soviética e à hegemonia do modelo neoliberal em quase todo o mundo.
Nesse contexto, avesso ao surgimento de governos socialistas e às ideias de esquerda, Chávez surgiu como uma voz dissonante a antecipar a necessidade de fazermos uma inflexão nos governos do continente, resgatando os princípios de soberania, igualdade e enfrentamento das desigualdades históricas – suportadas pelas mesmas elites combatidas por Chávez.
Sem temer as barreiras impostas pelas forças dominantes, não só na Venezuela, mas em boa parte do mundo, Chávez mostrou que seria possível, sim, fazer uma revolução socialista no Século 21, fundamentada no resgate da dignidade de milhares de cidadãos há séculos oprimidos e marginalizados.
Encarnando sentimentos profundos de insatisfação e inconformismo, Chávez conseguiu falar ao povo venezuelano como um irmão que entende sua dor e seu sofrimento. Ao exercer, desde o início, uma liderança genuína, o presidente tornou-se personagem fundamental para ajudar a entender como o povo se relaciona com a política.
Sua capacidade de mobilização popular não só derrotou nas urnas e nas ruas a política aristocrática representada por governos conservadores, mas também fez surgir na Venezuela um governo soberano, popular, democrático e transformador.
Depois de retomar o controle da PDVSA, petrolífera que sempre foi a principal fonte de riquezas do país, direcionando a maior parte da renda do petróleo para retirar da extrema pobreza milhares de venezuelanos, e enfrentar a dependência político-econômica da Venezuela em relação aos EUA, Chávez se tornou odiado pelas elites de dentro e fora do seu país.
Demonizado pela imprensa local e internacional, que estão sob controle dos interesses dos grupos dominantes, ridicularizado e caracterizado como um líder populista exótico, afeito a arroubos exagerados, Chávez, na verdade, era a expressão viva de uma crença inabalável na justiça e na igualdade social.
Mesmo sob oposição brutal da mídia monopolista, da direita conservadora, seguiu adiante e mostrou-se um administrador habilidoso, um homem não só de sonhos, mas de ideias e projetos, capaz de enfrentar problemas sociais graves como o analfabetismo, a insegurança alimentar, a precariedade da saúde pública e o déficit habitacional da Venezuela.
Com as chamadas missões, os programas sociais realizados em parceria com Cuba, o comandante fez chegar à população serviços essenciais como água potável, atendimento médico e vacinação. As missões de alfabetização, segundo a Unesco, em três anos livraram a Venezuela do analfabetismo. A mortalidade infantil foi reduzida quase pela metade e o consumo de alimentos mais que dobrou durante o governo chavista.
Inspirado na memória e na luta de Simon Bolívar, o herói da independência da América Espanhola, Chávez foi um dos protagonistas do esforço para um projeto de afirmação e integração regional, enxergando na união dos governos populares, progressistas e democráticos da América Latina um caminho para o desenvolvimento do continente.
É extensa a lista de conquistas obtidas sob os governos de Chávez. O seu legado, compartilhado pelos venezuelanos e por todos aqueles que se sensibilizam com a ascensão democrática das forças populares na América, deve ser preservado e continuado.
A oposição venezuelana, que jamais apresentou alguém minimamente capaz de disputar com Chávez de igual para igual, é vazia de ideias e dependente da estratégia norte-americana para o país. Sem um líder popular e uma proposta alternativa que a justifique, não será capaz de derrotar o chavismo, que certamente perdurará como força maior, libertadora e progressista.
Depois de vencer tantas batalhas, o comandante sucumbiu à doença que enfrentava como grande combatente que foi diante de todas as causas de sua vida. Porém, jamais se poderá dizer que perdeu essa ou qualquer outra contenda.
Das muitas vitórias deste grande homem, a maior delas talvez seja, após a sua morte e a exemplo dos verdadeiros heróis, continuar vivo e vibrante no coração de seu povo. Assim, Chávez e seus ideias permanecerão vivos”. José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT. Esta matéria foi publicada no Blog do Noblat em 09 de março de 2013.
Veja agora a matéria de JORGE SERRÃO que se encaixa perfeitamente como resposta a este artigo:
DÁ-LHE JORGE! A VERDADE FOI ENTERRADA ANTES DE HUGO CHAVEZ ou AS INCONSOLÁVEIS VIUVAS do BRASIL E DA ARGENTINA. SALVE JORGE!
Talvez por esquizofrenia, deficiência mental ou falta de caráter, aqueles que pensam e agem de maneira burra, radicalóide e sem ética, se dizendo socialistas, comunistas, fascistas, nazistas, etc, costumam atentar contra a Verdade – definida como realidade universal permanente. Mas os bolivarianos exageraram na dose da mistificação na gestão da morte do mito Hugo Chávez Frias. Nos meios diplomáticos e na área de inteligência militar argentina circula uma informação 1-A-1 acerca dos procedimentos ante e pós fúnebres do Presidente e revolucionário inventor da República Bolivariana da Venezuela. A revelação bombástica é que o corpo exibido, cheio de sigilo e segurança, em um super-caixão lacrado, não é de um ser humano normal, deformado por um terrível câncer. O cadáver seria um boneco de cera. O simulacro de um Chávez “embalsamado”. A surpreendente descoberta de que o corpo no faraônico féretro bolivariano não correspondia ao Hugo Chávez original foi da “Presidenta” da Argentina Cristina Kirchner.
A grande amiga de Chávez estava escalada para fazer o mais emocionado discurso politico do velório. No entanto, Cristina se sentiu enganada no momento em que chegou perto do defunto. Ficou tão revoltada e contrariada que arranjou uma desculpa esfarrapada para voltar urgentemente a seu país – deixando até sem carona o presidente uruguaio José Mujica, que com ela veio até Caracas. A explicação bombástica para o retorno súbito de Cristina é relatada pela inteligência militar argentina. Cristina teve um choque emocional quando se viu envolvida na farsa bolivariana montada para o velório de Chávez. Não acreditando no que seus olhos lhe mostravam, Cristina escalou uma oficial ajudante-de-ordens para investigar, de imediato, se não estaria diante de uma “brincadeira de mau gosto com a morte de alguém que lhe era muito querido”. A oficial argentina interpelou um alto-membro do Exército pessoal de Chávez – que praticamente confessou a armação: ali não estava o corpo original do amado comandante. A militar transmitiu a informação imediatamente para Cristina – que surtou. Saiu esbravejando do Velório para o hotel, avisando que não mais faria o discurso para um boneco. O presidente imposto da Venezuela, Nicolas Maduro, tentou convencê-la do contrário, sem sucesso. Cristina voltou voando para casa.
A Presidenta Dilma Rousseff, que levava o ex Luiz Inácio a tiracolo, foi informada do incidente. Dilma e Lula deram uma breve olhada no caixão de Chávez, conversaram rapidamente com os presentes, e também foram embora o mais depressa possível – alegando coisas urgentes a serem resolvidas no Brasil. A exemplo de Cristina, não quiseram participar da farsa completa do sepultamento daquele que era o líder operacional-militar do Foro de São Paulo (organização que reúne as esquerdas revolucionárias, guerrilheiras ou simplesmente gramcistas na América Latina e Caribe).
História à parte do “boneco de cera” – uma versão completamente não-oficial das exéquias de Chávez -, tudo em torno de sua morte soa como uma grande farsa, digna do mais cínico e mentiroso socialismo bolivariano que transformou a Venezuela em um país em decomposição política, econômica e social. Tudo indica que Hugo Chávez já veio morto de Cuba – onde morreu não de problemas diretamente relacionados ao sarcoma que sofreu metástase. O que levou Chávez realmente deste para outro mundo foi uma brutal infecção hospitalar, que detonou-lhe o pulmão. Tal fato jamais será admitido oficialmente, já que a lenda-dogma comunista prescreve que a ilha perdida dos irmãos Castro tem “uma das medicinas mais avançadas do mundo”. Caso tivesse se tratado no Brasil – como fizeram Dilma, Lula e o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo -, Chávez poderia estar vivinho da silva… Azar dele que o Hospital Sírio Libanês não aceitou receber milhões para tratar, sem transparência e em “segredo socialista”, do grave caso médico. Outro fato que a inteligência dos Estados Unidos já deixou bem evidente nos meios diplomáticos.
Chávez morreu, provavelmente, no começo de janeiro. O prolongamento mentiroso de sua vida foi apenas uma armação para permitir a inconstitucional posse de Nicolas Maduro, através da geração de um dramalhão popular em torno da torcida pela “salvação” e cura do bem amado mito Chávez. O problema para o regime venezuelano é que o atraso na revelação da verdade contribuiu para as mentiras aflorassem… A tendência política na Venezuela é de vitória eleitoral do presidente imposto Nicolas Maduro, na eleição marcada para 14 de abril. Mas a temporada de brigas internas e traições entre os bolivarianos é só uma questão de pouco tempo. Embora tenha sido motorista de ônibus profissional, antes de cair no mundo fácil da vida sindical praticamente sem trabalho, Nicolas não está maduro para liderar a revolução bolivariana. Chávez é insubstituível. E como um mito nunca morre, deve assombrar Maduro – que terá de suportar às pressões da oposição, em crescimento natural, e as traições e rebeliões internas que devem surgir principalmente na área militar venezuelana (em franca divisão e conflito entre Exército e Marinha). O socialismo bolivariano implodiu a Venezuela. A demagogia seduziu o eleitorado pobre ou miserável – sempre a massa moldável de manobra de toda a História. Mas as classes média e alta da Venezuela comem o pão que o Chávez amassou. A moeda de lá – o bolívar – vale tanto quando a verdade para os ideólogos socialistas. A crise de desabastecimento de produtos básicos é assustadora. A inflação totalmente fora de controle. O desemprego só aumenta. A estatal petrolífera PDVSA opera em regime de ineficiência. A grana dos petrodólares é usada mais para demagogias que para investimento em infraestrutura real.
As instituições venezuelanas encontram-se em decomposição. O Judiciário é uma desmoralização só. O Legislativo uma peça manipulada pelo Executivo autoritário e arbitrário. A ingerência ideológica de elementos do aparelho repressivo cubano no governo bolivariano é um fenômeno politicamente dantesco. O nível de corrupção venezuelano é de fazer inveja ao mais escroto mensaleiro no Brasil. A Venezuela tem tudo de pior que pode ter um país de terceiro mundo, subdesenvolvido, cheio de desigualdades e onde explode uma onda de violência sem perspectiva de controle. A situação venezuelana pouco fede ou cheira para o Brasil. Problemas concretos são apenas dois. O calote da da PDVSA na parceria com a Petrobrás na superfaturada refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ainda longe de sair do papel.
Outro rolo são os empréstimos a perder de vista do BNDES tupiniquim para grandes empreiteiras brasileiras fazerem mega-obras – também superfaturadas – em terras bolivarianas. No mais, a Venezuela tem relação comercial pífia com o Brasil. Uma previsível queda do regime bolivariano – que é questão de pouco tempo – pode gerar um efeito cascata (sem trocadilho) entre os países afetados pelo câncer ideológico e ideocrático do Foro de São Paulo. A primeira vítima de uma pós-derrocada venezuela deve ser a Argentina – onde as coisas vão de pior a mais ruim ainda na gestão da Cristina. Cuba também deve ter ainda mais problemas se a casa bolivariana desabar. O resto entra no tradicional “efeito orloff” (vodca que se consagrou com o lema publicitário “eu sou você amanhã”). A prematura morte do comandante Chávez custará muito cara aos regimes de democradura e capimunismo do Foro de São Paulo. A metástase política já começou, com muitos tumores políticos entrando em fase de implosão. Resta esperar para ver como a araruta cancerosa vai se transformar em mingau estragado pelas mentiras comunizantes. Ainda bem que não existe mal que sempre dure e nunca acabe… Reflitamos sobre a representação da imagem falsificada de Hugo Chávez para constatarmos que tudo de bom ou ruim sempre tem um fim…
PS – Que sorte deu o José Dirceu – que deveria agradecer ao Joaquim Barbosa: de que adiantaria viajar para a Venezuela apenas para ver um simples boneco inanimado do falecido amigo e patrão em milionárias consultorias?
Vida que segue… Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Por Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Março de 2013.
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