Como não tenho acesso à mídia, embora meus trabalhos sejam vistos, curtidos e compartilhados diariamente no facebook, com os banners que fiz para divulgar meus livros disponíveis GRATUITAMENTE aqui, ilustro a matéria de Lívia Torres publicada no G1 Rio, sobre o lançamento do livro do Merval Pereira:
“O jornalista Merval Pereira lançou, na noite desta terça-feira (26), no Leblon, Zona Sul do Rio, o livro “Mensalão, o dia a dia do maior julgamento da história política do Brasil”. Em quase 300 páginas, foram registrados textos publicados pelo articulista no jornal “O Globo” durante os quatro meses e meio das audiências realizadas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)”.
“Considerado o julgamento do século no Brasil, resultou na condenação por corrupção de 25 envolvidos em esquema de compra de votos no Congresso Nacional durante os primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É um documento histórico. Se juntarmos todas as colunas, dá para ver um jornalismo em tempo real. O livro dá ao leitor uma noção de conjunto que não houve na época. Acho que esse julgamento teve um valor histórico muito importante e valia um aprofundamento sobre ele”, disse o jornalista, que também é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2011 e também vai lançar o livro na Livraria da Vila, em São Paulo, no dia 4 de março.
Com prefácio escrito pelo ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, que presidiu boa parte do julgamento, e com texto de orelha assinado pelo jurista Joaquim Falcão, o livro também traz dois textos inéditos: um dedicado à última sessão do julgamento e um ensaio político que reflete sobre o processo.
“O resultado do julgamento mostrou que todos são iguais perante as leis brasileiras. A maioria da população concordou com o veredicto do STF. A partir do julgamento ficou mais difícil roubar o dinheiro público”, disse Merval.
Estiveram presentes no lançamento os jornalistas Zuenir Ventura, Geneton Moraes Neto, Arthur Dapieve, Miriam Leitão, Renato Maurício Prado; o poeta Antônio Cícero; o artista plástico Daniel Azulay; o comentarista Haroldo Costa; o escritor e compositor Fausto Fawcett; a atriz Christiane Torloni; além de muitos fãs.
“Acho que é muito interessante captar a história enquanto ela se faz. Quando um jornalista escreve sobre um mesmo assunto por tanto tempo isso se torna um documento que fixado em livro me parece interessante. Ainda mais sobre um assunto que mobilizou o país”, ponderou a presidente da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado.
25 condenados
Após 53 sessões, realizadas entre 2 de agosto e 17 de dezembro, o STF decidiu condenar 25 dos 38 réus por participação no esquema de compra de votos no Congresso Nacional e fixou as punições de cada um, além de definir que os três deputados federais condenados — João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) — teriam que deixar seus mandatos.
Os ministros entenderam que houve desvio de dinheiro público, de contratos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil, para abastecer o esquema criminoso. Dos 25 considerados culpados, o réu que obteve maior pena foi Marcos Valério, apontado como o operador, que repassava o dinheiro a parlamentares. 11
Ele foi condenado a mais de 40 anos de prisão. Ao lado de outros 11, incluindo o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ele foi condenado a ficar detido em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima”.
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