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Solta o verbo, Serrão: “Uma recente pesquisa Datafolha apontou a corrupção como o principal problema do País. Ela “ganhou” da saúde, do desemprego, da educação e da violência. O mesmo levantamento, feito na semana em que o noticiário deu espetacular dimensão à prisão do senador Delcídio, indicou uma espetacular rejeição à figura de Luiz Inácio Lula da Silva. Quase metade dos entrevistados (47%) avisou que não votaria nele. Pegaram o $talinácio para judas…
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A coisa ficou tão feia para o Presidentro que a Dilma Rousseff teve sua barra ligeiramente aliviada. A Presidenta conseguiu uma melhora da sua avaliação de governo. O índice de reprovação caiu de 71% em agosto para 67% agora. Para 22%, a gestão dela é regular — antes eram 20%. Para 10%, ela é ótima ou boa — antes eram 8%. Pela numerologia das pesquisas, Dilma continua em baixa: impopular, desacreditada e desmoralizada para liderar o Brasil.
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O que acontece agora é o resultado de um modelo que se esgotou. A crise estrutural começa a refletir nas outras crises, principalmente a econômica, a política e a moral. Enxugar o gelo da corrupção nada resolve. Não adianta focar a consequência se a causa da tragédia nacional continua viva, intacta, se multiplicando como um câncer maligno.
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Em meio a tantos escândalos em profusão, que só tendem a vir à tona e geram a natural indignação das pessoas com a corrupção, o desgoverno do crime organizado entra em estado de paralisia. Fica refém da gastança da máquina que é financiada pela banqueiragem – juros altos para remunerar a lucrativa e infindável (?) rolagem de títulos públicos. E quando tudo se desestrutura, o desgoverno vira alvo da pressão e da ira populares – que tendem a ser fatais, conforme a História demonstra.
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O clima no Brasil é tão tenso que as instâncias federais, estaduais e municipais falam, abertamente, em “calote” (suspensão, forçada ou não, de pagamentos). Na prática, o Estado brasileiro, em regime de democradura, entra em colapso. Não pode decretar nem admitir “falência”, mas, técnica e moralmente, está quebrado. Mesmo assim, continua arrogante, abusando do poder contra o cidadão, que tem precários mecanismos de controle social sobre a engrenagem estatal que alterna a oferta de trocas de favores com a mais safada jagunçagem promovida por suas “gestapos”.
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O fio de análise e condutor sobre todos os estados autoritários (nazi ou fascistas) é a lógica segundo a qual “o cidadão é que deve servir ao Estado” – e não o contrário, com o Estado servindo ao cidadão. Quando o Estado reina absoluto, é impossível sobreviver o conceito de cidadania. Esta lógica só se sustenta baseada na injustiça, na repressão seletiva, na estruturação do Estado sustentando privilégios, cartórios e cartéis, e no Rentismo Especulativo.
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O Brasil Capimunista funciona assim. Acontece que a classe média ficou de saco cheio e ligou o despertador. Devagarinho, o gigante é forçado a acordar. Tudo começa a mudar, mesmo que lentamente e não claramente percebido pela maioria das pessoas – incluindo os cegos e os pessimistas. Pare, pense e tente responder à perguntinha básica: O que pensa hoje um micro empresário, afogado em execuções fiscais, processos trabalhistas, juros estratosféricos e que não consegue receber o valor daquilo que vendeu para o poder público porque virou predatório, quando vê toda a bandalheira de mensalões e petrolões e a e quando vê um senador, líder do governo no Senado, organizado a fuga de um Cerveró da vida?
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Ocorre que quando o regime venezuelano foi instalado, a tecnologia das redes sociais ainda estava iniciando. Agora não dá mais para implantar boliviarianismos envergonhados – que escondem intenções autoritárias de fazer inveja a um soviético Josef Stalin. A dinâmica de um mundo interlitado, plugado via internet, com acesso fácil via smartphone popularizado, mudou o jogo democrático. É a “Revolução” do celular. Uma postada no Face, uma dedada no zap-zap ou até o envio de um simples e-mail comunicam eficazmente e juntam as pessoas para causas comuns.
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Os regimes autoritários não sobrevivem se os cidadãos e empresários oprimidos puderem se manifestar em tempo real, como acontece agora. O fenômeno está se ampliando, consolidando e se expandindo. A máquina estatal percebe a pressão feita pela sociedade (os cidadãos comuns, mesmo que ainda não unidos, mas muito interconectados). No Brasil, a maioria das pessoas de bem está pt da vida – literalmente.
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Olha a curta e grossa postagem do Ricardo Noblat deste domingão, com o título “Empresário Bonzinho”. É mais que ironia! É nossa lamentável realidade de um País Capimunista (capitalismo de Estado interventor com verniz de bem estar socializante). O jornalista escreveu: “Como temos empresários generosos! Um deles pagou 2,5 milhões a Luis Claudio Lula da Silva, filho de Lula, para que ele copiasse textos da internet a título de consultoria. A Polícia Federal desconfia que foram 4 milhões”.
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O fenômeno é uma previsível aberração de nosso Estado Capimunista, que combina rentistas, banqueiros, empreiteiros e fdps, todos sempre juntos, tirando proveito da máquina estatal perdulária, refinanciada, permanentemente, pelos juros altos, pelos noventa e tantos impostos, taxas, contribuições, além das regulações espúrias das medidas provisórias, decretos, instruções normativas e portarias baixadas pelas variadas instâncias de uma caríssima burocracia. Lulas, FHCs e afins são produtos naturais deste sistema que transforma a Política em mero meio de negócio para quem faz parte da “Corte”.
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Vale repetir por 13 x 13, para dar sorte. Temos o dever cívico de cobrar de um poder republicano que tem obrigação de zelar pelo equilíbrio social e punir, de forma justa, perfeita e exemplar, aqueles que ousam infringir as leis. O Judiciário pode nem vencer o crime estruturalmente organizado. Mas a Justiça não pode ser desmoralizada pela ação sistemática e institucionalizada de criminosos que agem em e sob o patrocínio direto uma máquina estatal centralizadora, cartorial, cartelizada, concentradora, castradora, corrupta e canalha – os vários “cês” do nosso Capimunismo.
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O Brasil tem solução. Em qualquer país, a Democracia é uma concessão do poder armado. Por isso, os segmentos esclarecidos da sociedade tem de mobilizar as Forças Armadas para que dêem sustentação para a implantação da verdadeira democracia, que é a segurança do direito. Isso é o exercício do Poder Instituinte! Quem guarda as armas nacionais detém o poder real e deve exercer sua capacidade constitucional para enxotar o crime do Poder do Estado, empregando os legítimos instrumentos à disposição do judiciário.
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O Brasil tem de mudar, de verdade, a estrutura estatal, proclamando sua autodeterminação, em um trabalho que é obrigação dos cidadãos esclarecidos com suas forças armadas e o judiciário. Temos de avançar na criação de mecanismos cidadãos de controle e fiscalização da máquina estatal – que precisa se tornar transparente, com uma burocracia clara, reduzida ao máximo e legítima. Qualquer ação fora destas propostas é inútil.
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Não podemos ficar restritos à promoção de um “mero golpe” institucional, pois ele seria apenas uma complacente continuidade da barbárie vigente. O jogo não é simples, é complexo, e precisa ser jogado urgentemente. Por isso, é perda de tempo pegar $talinácios e afins para judas… Temos é de criar condições políticas e institucionais para que idiotas e tiranetes não se multipliquem para continuarem mandando nos destinos do Brasil.”
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Jorge Serrão é Editor Chefe do Alerta Total que publica diariamente os MEMES do Observador Tragicômico Panfletário Virtual Ecologicamente Correto Primeiro e Único do Brasil.
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